Nota introdutória
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A construção das tábuas de mortalidade e o cálculo da esperança média de vida da população é um estudo estatístico que se realiza anualmente, abrangendo toda a população de Portugal, com base em informação proveniente de outras operações estatísticas, da área da demografia, desenvolvidas pelo INE.
O período de referência das tábuas completas de mortalidade é de 3 anos consecutivos.
Para Portugal, regiões NUTS I e NUTS II são divulgadas tábuas completas de mortalidade segundo o sexo, por idade ano a ano, até aos 100 anos. A maior desagregação territorial do cálculo das tábuas de mortalidade é a NUTS III, embora apenas se divulguem, para estas regiões do Continente, as esperanças de vida à nascença e aos 65 anos.
A versão 2.0 do documento metodológico introduz alterações metodológicas na estimação de tábuas completas de mortalidade para as sub-regiões NUTS III (Continente).
Desde 2007, o INE calcula e divulga tábuas completas de mortalidade por NUTS II, e esperanças médias de vida à nascença e aos 65 anos por NUTS III (obtidas a partir de tábuas completas de mortalidade) estimadas a partir da aplicação de métodos de alisamento das estimativas brutas dos quocientes de mortalidade, originalmente desenvolvidos para aplicações no contexto da matemática atuarial. Resumidamente, a aplicação de técnicas de graduação ou alisamento dos quocientes de mortalidade permite obter curvas de mortalidade plausíveis para regiões demograficamente rarefeitas, onde fenómenos como o da mortalidade, cujo comportamento se pressupõe relativamente conhecido e estável no tempo, apresentam comportamentos particularmente improváveis.
O cálculo de Tábuas de Mortalidade por regiões com populações reduzidas, como é o caso de muitas sub-regiões NUTS III, com recurso a técnicas de graduação acarreta um conjunto de procedimentos metodológicos que resultam num método de estimação complexo e moroso. A revisão metodológica prende-se assim com a necessária agilização dos procedimentos de cálculo das tábuas de mortalidade de produção corrente por NUTS III, e utilização de um método de estimação e de obtenção de esperanças de vida que seja rigoroso e adequado, e também expedito, reduzindo o custo associado ao cálculo destes indicadores, e maximizando o equilíbrio entre custo e benefício.
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